Redesenho de folha de pagamento com microsserviços
Redesenho de folha de pagamento com microsserviços
Quando o contracheque vira um labirinto, o RH vira suporte técnico — e ninguém contratou o RH pra ser help desk. O redesenho de folha de pagamento com microsserviços feito pela Sioux para o Santander é a prova prática de que modernizar a base tecnológica não é luxo: é revolução operacional.
O projeto não foi só “deixar bonito”. Foi desmontar um monólito complicado, traduzir dados legados e devolver clareza para o colaborador — com resultados concretos: 42% menos chamados ao RH, menos retrabalho e um RH mais estratégico. Se você lida com folha, produto ou legado em qualquer empresa, precisa ler isso até o fim.
O que é isso na prática?
Resumão sem papinho: redesenho de folha de pagamento com microsserviços significa quebrar um sistema único e pesado em peças responsáveis por funções específicas — cálculos de proventos, descontos, impostos, geração de holerite — e fazer essas peças conversarem via APIs.
- Microsserviços: cada responsabilidade isolada, escalável e atualizável sem derrubar todo o sistema.
- APIs RESTful: orquestram dados entre sistemas core e a nova interface, entregando holerites consolidados e contextualizados.
- Painel para RH: publicação automatizada de holerites, controle de conteúdo e menos trabalho manual.
“Não se tratava apenas de criar uma tela bonita, mas de orquestrar e traduzir dados de sistemas core muito robustos e complexos. A arquitetura de microsserviços nos deu a flexibilidade necessária para isso.” — Felippe Kanashiro, Sócio-Diretor de Tecnologia na Sioux
Por que isso importa agora?
Porque empresas continuam com sistemas legados que geram ruído, dúvidas e retrabalho. E porque o custo real não é só financeiro: é experiência do colaborador, confiança no RH e velocidade para mudanças legais ou de benefícios.
O case mostra que, ao modernizar a infraestrutura, você transforma o RH de um departamento reativo em um time estratégico. E sim — isso é exatamente o tipo de automação e arquitetura que mais se discute lá na comunidade Inteligência Artificial com Propósito (IAp).
Resultados que valem métricas
- -42% nos chamados ao RH relacionados à folha — menos dúvidas, menos filas, menos tickets repetidos.
- Redução de retrabalho e inconsistências de dados — dados consolidados e enriquecidos pelas APIs.
- Agilidade no ciclo de desenvolvimento — atualizações isoladas sem risco sistêmico.
- Melhoria na experiência do colaborador — holerite claro, contextualizado e com menos ambiguidade.
Como começar?
Se a sua folha ainda é um monólito, comece pequeno — e com estratégia.
- Mapeie os pontos de dor: que tipo de dúvidas chegam ao RH? Em que campos do holerite sempre tem erro?
- Escolha um domínio para extrair como microsserviço (ex: cálculo de descontos ou impostos).
- Crie uma API minimalista que entregue o dado consolidado e com contexto para o front-end.
- Implemente um painel de gestão para o RH publicar e ajustar conteúdos sem deploys.
- Itere: meça chamados, retrabalho e satisfação — repita o processo em outros domínios.
Exemplo rápido de endpoint que você pode prototipar:
GET /api/holerite/{colaboradorId}?mes=MM-AAAA
Response:
{
"nome": "...",
"salarioBase": 1234.56,
"proventos": [...],
"descontos": [...],
"resumo": "Total líquido: R$ X,XX — explicação breve por item"
}
O que ninguém te contou
Modernizar a arquitetura não basta se você não repensar a linguagem do holerite. Tecnologia entrega dados; satisfação vem quando os dados têm contexto humano. APIs precisam “enriquecer” a informação — não só entregar números, mas explicar o que cada linha significa para o colaborador.
“Construímos APIs que não só consomem informações, mas que as enriquecem com contexto. O resultado é um RH que, apoiado por uma tecnologia sólida, se tornou mais estratégico e menos operacional.” — Felippe Kanashiro
Erros comuns
- Tentar reescrever tudo de uma vez. Resultado: atraso, custo alto e condomínio de problemas.
- Ignorar o RH na definição de prioridades. Tecnologia sem usuário engajado vira prateleira cheia.
- Não versionar APIs nem padronizar contratos — aí o front quebra a cada mudança.
- Focar só em visual e esquecer o contexto do dado — o usuário continua confuso mesmo com interface bonita.
Dica extra do Prof. Leandro de Jesus
Comece com um “mínimo viável operacional”: escolha um microdomínio que gere impacto rápido (ex: cálculo de horas extras). Prove redução de chamados e escalabilidade antes de avançar. Essa abordagem incremental é explorada em vários debates e cursos lá na comunidade Inteligência Artificial com Propósito (IAp) — tem até aulas práticas sobre orquestração de APIs e design de microsserviços.
Quer ver exemplos práticos e templates de APIs que você pode adaptar hoje? Acesse as aulas e comece a prototipar com seu time:
https://comunidade.leandrodejesus.com.br/aulas
Conclusão
Se sua folha ainda gera bilhetes de suporte, você tem um problema de produto — e uma oportunidade de transformar o RH. O redesenho de folha de pagamento com microsserviços é mais do que arquitetura: é autonomia, clareza e menos fogo no dia a dia.
E aí, vai continuar fazendo tudo no braço? Se quiser trocar ideia com pessoas que já implementaram isso em escala, a comunidade Inteligência Artificial com Propósito (IAp) está cheia de cases, hacks e cursos práticos — entra lá e começa a transformar a sua folha hoje.